Segredos de liquidificador (poderiam ser da batedeira too)

Passei a noite sonhando com a Ana Carolina. Ela mesma, a cantora. Quem decifra sonhos pode me dizer o que isso quer dizer? Era um sonho obsessivo, eu ficava de lupa nas letras das músicas dela e encontrava alguns erros de português.

Pela intensidade do sonho, eu diria que durou a noite inteira, mas nos devaneios o tempo corre diferente e a história deve ter rolado nos momentos que antecederam o acordar. Terei tendências homossexuais reprimidas? A pressão do meu trabalho com as palavras já alcançou o seu ápice (preciso de férias urgentemente)? Meu primo é apaixonado pela Ana Carolina e eu sou apaixonada por ele? Sei lá, sonho é sonho, e se a gente encuca com eles, pior pra gente.

Falta de assunto é assim mesmo, não reparem. Ah, sabe que aquela torta de chocolate com nozes no lugar das amêndoas? Enfim, consegui um tempinho no fim de semana e testei a receita. Um bolo pra chocólatra nenhum ficar à deriva. O problema é que o fermento lá de casa estava vencido (só percebi após bater tudo na batedeira). Resultado: a guloseima ficou um tantinho solada.

Mas a Chris Campos, minha guru para assuntos culinários, não me deixa desanimar. Ela, boleira de primeira, afirma que as receitas podem sempre dar errado. Então, da próxima vez, vai ficar perfeito. Porém, do jeito que ficou, já me animou: não sou um desastre completo na cozinha!!! Tem remédio!!

Nesse domingo eu fui ao cinema. Quem tem filho pequeno sabe o que isso significa: milagre. Antes, ir ao domingo ao cinema era programa de todo domingo. Mas depois que a gente é mãe, ainda mais depois dos 30, ir ao cinema no domingo à noite se torna um pequeno poema, uma joia de raro brilho.

Geralmente, quem tem filho pequeno depois dos 35 chega no domingo à noite no limite do estropiamento. A energia da gente vive sempre negativa. Toma-lhe gerovital!!! Lembro que quando estava querendo engravidar, meu cunhado deu para o irmão uma garrafa de catuaba, naquela brincadeira bem típica de homens.

Sei não, o elixir viria bem a calhar agora, quando a gente precisa reencontrar o desejo na fossa abissal da falta de tempo e da rotina esmagadora de criar meninos. Achar uma brecha para o romance na saída da pirralhada para ver “O Mágico de Oz” e outros malabarismos típicos dessa nova geração de pais velhos de crianças novas. Ufa, passa o amendoim, ovo de codorna e o viagra (pra mim), please!!

Pois é, vimos “Incontrolável”, no inglês: Unstoppable (palavra legal essa). Valeu como divertimento para o domingão. O filme te faz roer as unhas do começo ao fim, numa pegada tensa brilhantemente dirigida por Tony Scott. Sem contar que ele não caiu no apelo fácil de mostrar o heroísmo como sendo um direito e dever apenas dos norteamericanos. Nada de Stars & Stripes plus hino. Gostei. Recomendo. Para quem precisa fugir dos filhos pequenos... Ou não.

Comentários

  1. Luzinha,

    Dê um desconto para a minha ex colega de classe Ana Carolina... os erros de português se devem ao pouco tempo que ela teve para dedicar-se às aulas do curso de Letras, coitada, quando ela já começava a fazer shows aqui na cidade...rs!!! Fãs, é brincadeira, claro...

    Beijos,

    Patty

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