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Mostrando postagens de maio, 2022

Partículas

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Assim na terra como no céu: perecíveis imponderáveis sensíveis. Aqui se jaz ali se faz (nem sempre se paga) A vida não é justa. Não pode ser medida em escalas ou grandezas. Somos ínfimos no cosmo. A propósito Não conheci o “Into the Wild” brasileiro antes de sua morte. Fiquei impactada, com o coração despedaçado porque os desprendidos sempre me atiçaram. Reverencio as almas libertas de convenções e de expectativas de sucesso financeiro e profissional. Histórias de beduínos, nômades, trilheiros e aventureiros são especialmente poéticas. O Jesse Koz ainda tinha um parceiro de andanças gente boa demais, né? Que loucura as milhões de vidas paralelas às nossas que podem ou não se tornarem visíveis pra gente. As redes sociais ampliaram a possibilidade de cruzamentos, entretanto, permanece uma galáxia ou mais repleta de bilhões de estrelas (não de celebridades, elas não me dizem nada) que valem a pena ser desvendadas. Meu alter ego doidivanas, hippie e loba solitária saúda o seu, Koz-Oz! Não

Reflexões viajantes

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Cicardiano O sino toca em louvor aos anjos do céu. Não seria redundância falar em anjos celestes? Haverá querubins e serafins na Terra? Terrestres alados ou apenas no sentido figurado? Wim Wenders disse que tem. E que cá estão a ouvir nossas ladainhas.  Licença poética cinematográfica querida, todavia plausível?  O ocaso tinge o horizonte de acaso e melancólica glória. É a hora do angelus, dos seres celestiais. E também do meu sono morfino, fatal.   Deveras seria uma alma antiga, que dorme com as galinhas e acorda com os galos? Explicaria a devoção pelo barroco, pelas ruínas; abandonos de toda sorte.  As tribulações do capitalismo, porém,  desrespeitam minha aura ancestral; violentam o natural. Então vejo o sol se pôr e não posso me pôr ao deleite dos sonhos.  Mas penso que o meu momento angelical chegará. Anciã ciosa de seus adormeceres e despertares: flanando nos poentes, alvorecendo nos anoiteceres.  Minascraft gastura tenho dos gados monteses, pois não são cabritos ágeis. Bovinos d

Magnificat

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tabuleiro lúdico um jogo entre damas: um par de mãos trama, alinhava. Ao outro, cabe tatear a superfície colorida, enquadrado em matizes arrebatadoras. Colcha de retalhos: vida em fragmentos, recortes precisos de delicadeza. Telas abstratas emolduradas por olhos apurados.  Xadrez da infância, ludo do interior.  Cartas nada marcadas numa análise combinatória de paleta yang. Obra de uma arteira mulher cujo dom é encantar.