Ao contrário de tanta gente, ela não tem o costume de entrar no chuveiro assim que acorda. Prefere um banho noturno, relaxante, antes de dormir. Pela manhã não gosta de sacrificar minutos a mais no café-da-manhã saboreado com mais calma, geralmente sozinha, pois logo sai para o trabalho. Hoje fez diferente. Tomar uma ducha, se animar, é sexta, seu dia preferido, é Carnaval, feriadão, alguns bloquinhos, descanso ali no horizonte, desfrute. Da metade para o final da ducha, notou uma mancha no fundo da banheira ali do lado, Cinco graus de miopia, tudo que via era isso: um borrão. Nossa, está sujo, registrado. Pegou seu frasco de óleo corporal, uma mulher cremosa que não vive sem hidratação em profusão. A tampa do frasco caiu das mãos na banheira. A sujeira se mexeu. Deuses, ela se enrolou na toalha às pressas e vazou do banheiro. Ainda bem que o homem da casa ainda estava em casa. Homens da casa são imprescindíveis nesses raros momentos de covardia feminina. Olha, tem algo ali na banhei