Lusco-fusco






Tropeço nas sombras. 
A dama da noite não espera o breu para exalar o perfume lépido
pela onda eletromagnética.
A canção também pega o sendero invisível e salta da janela.
Alcança os poucos que se movem no lusco-fusco cá embaixo.
Não são dezenove horas, mas as ruas estão mortas.
Enterrou-se a paz de espírito. Enlutados estamos.
Viril, o badalo do templo resgata a antiga importância do mundo
sem pneus.
Apreciamos a lua riscada
e a candura da cidade:
mais poética ao abandono da estática geometria.

Comentários

  1. Adoro essa igreja.

    Re Osório

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  2. Mas, gente! Foto e versos seus?
    Quanta inspiração!

    Rodrigo Chaves

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  3. Adorei!
    Você não está só. Neste momento, o mundo todo (ou quase) está irmanado num projeto de solidariedade e amor.

    Ângela Sollberger

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  4. Tudo muito lindo! "o badalo do templo resgata a antiga importância do mundo sem pneus".

    Ana Cristina de Aguiar

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  5. Que bela foto!

    Du Ribeiro

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  6. Amo a fotografia e você faz fotos muito legais, assim como escreve textos deliciosos.

    Luciano Villalba Neto

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