Diga-me como tu pintas as unhas que te direi quem és!




O horóscopo de hoje diz aos piscianos: “O passado não perdoa, gruda na alma da gente e se reproduz sem pedir licença”. Divirto-me lendo Quiroga todos os dias. É como se comesse um biscoitinho da sorte ou jogasse I-Ching ou, ainda, abrisse a bíblia em qualquer página. Levo tudo a sério. A sério até o ponto no qual essas consultas aleatórias possam servir de inspiração para um texto ou para o autoconhecimento, que, no meu caso, acabam sendo a mesma coisa. 

Hoje estou bem passada mesmo. Relembrando filmes da adolescência; ouvindo a trilha sonora de NeverEnding Story e tudo o mais. Sinto uma inércia descomunal... O carrinho A não quer chegar ao ponto B. Não há plano inclinado que ajude... E trocando mensagens com a minha lírica amiga caracol de Curitiba, inventei um nome perfeito para oferecer à Suvinil ou à Risqué: azul inacreditável. 

Pintar as paredes de azul inacreditável, já pensou? A vida ficaria assim, assim refrescante. Toda manhã acordar num quarto se sentindo nuvem: leve, leve. Ou dormir como um anjo: sonho, sonho. Sair por aí com as unhas azuis em inacreditável segurança de ser você mesma... 

Pois é, como o passado gruda na gente, esse papo de esmalte me fez reviver o pior mico jornalístico que eu já protagonizei. A mancada mais sublime. A matéria que teria me levado à demissão por justa causa, caso eu não fosse servidora pública concursada. O ano era 2011. 

O mais ridículo é que não se tratou de nada revelador. Não foi um furo de reportagem bombástico expondo pessoas importantes. Também não inventei personagens ou menti. Acho que nem desgastou cinco neurônios escrevê-la. Era para ser um passatempo. Uma curiosidade, sopro de futilidade em mais uma jornada de trabalho escrevendo notinhas para a Intranet. 

Mas fui terrivelmente inocente e impulsiva. Cri que o Tribunal estaria pronto para uma materinha de comportamento sem nenhuma pretensão. O resultado beirou o desastre completo. A não se pelo número de acessos ao texto, que recebeu mais de 1700 visualizações, um recorde para as notícias internas. KKK! 

Para com esse nariz de cera e conta logo de uma vez. Tá, bom. Taí o texto pra vocês. Depois me digam se era para tanto alvoroço um papo coquete desses... Houve servidoras interpretando que, dali em diante, as profissionais do STJ estariam PROIBIDAS de pintar as unhas da maneira que lhes dessem na telha. Revolta geral! Recebi mensagens agradáveis repletas de elogios: estúpida, fútil, imbecil etc. Senti na pele a incompreensão da turba ignara. 

Quase desisti do jornalismo, como se eu precisasse de muita coisa para abandonar essa profissão de gente-que-faz-um-monte-de-coisa-que-não-ganha-dinheiro e ainda tem de aguentar a ira da maioria (ressaltando que sou do partido do Nelson Rodrigues, ou seja, eu acredito que toda unanimidade é burra). ;)

Avaliem. Reflitam. E, por favor, não deixem que o meu passado me condene, tá? 

Um sorvete colorê, escolhido foi... 

A “esmaltemania” chegou para ficar nas mãos das mulheres. As opções supercoloridas caíram no gosto das clientes, mas como escolher o esmalte adequado para o ambiente profissional? 

Para os consultores de imagem, a regra geral é manter a sobriedade na forma de se apresentar, incluindo nesse pacote unhas e maquiagem. Salvo locais de trabalho muito informais, as cores vibrantes nas unhas não são muito aconselhadas, pois podem desconcentrar todo mundo. É bom lembrar que mãos chamam sempre muita atenção. 

O esmalte se transformou em acessório, mas, garantem os fashionistas, quem trabalha em ambientes formais, onde a regra é se vestir de forma discreta, as unhas devem seguir o mesmo padrão. O uso de cores berrantes, portanto, é desaconselhado. Imagine uma advogada que precisa esbanjar seriedade... Unhas em rosa chiclete ou verde limão, então, nem pensar! 

De acordo com os especialistas em estilo, profissionais como advogadas, arquitetas, executivas, professoras, jornalistas e médicas podem apostar nas cores neutras ou mais fechadas, como vinho, chocolate ou marrons, rosas, brancos e tons de nude. Cores vibrantes e metalizadas só devem ser usadas por profissionais de campos mais descontraídos como Moda, Design, Publicidade ou Arte. 

E nem em época de Copa do Mundo, executivas e profissionais que ocupam cargos de chefia devem deixar a etiqueta de lado e sair pintando as unhas de verde, amarelo e azul. O risco, segundo os consultores de moda e comportamento, é ferir a credibilidade. 

Mas isso é o que pensam os especialistas. Se você não abre mão das cores chamativas, pinte da cor que mais deixar você de bem consigo mesma. O fundamental é ter personalidade e boa apresentação. Afinal, unha saudável é como o pretinho básico: indispensável.

Comentários

  1. Hahaha, que texto, hein?!

    Deus me livre se no meu local de trabalho me proibissem de usar o meu aro-íris! NEVER! Tenho uma amiga que no trabalho dela não pode nem vermelho, apenas cores da época do ronca e clarinhas: Renda, Paris, Misturinha, Zazá... (Sessão nostalgia esmaltística!)

    Adorei, Lulu! E o nome AZUL INACREDITÁVEL seria o máximo mesmo! AMO esmalte azul, é a cor que mais tenho na minha nada "humilde" coleção!

    Besos!

    Denize.

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  2. Só rindo mesmo....
    Já imaginei as assessoras de gabinete chiquérrimas com vontade de usar esmalte verde sem poder...
    Inveja mata, você sabe!

    Beijos!

    Carmem Cecília.

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  3. Putz Lu, não sabia disso, rsrs.
    E o povo do trabalho fez confusão por uma besteira dessas? Só rindo mesmo.

    Beijo,

    Hylda.

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  4. Pra mim todas essas pessoas que te "crucificaram" estão totalmente envolvidas com as suas mentes negativas( aquela que distorce a realidade,e quer ter razão sempre).O texto é super pertinente...Viva a Lu! Viva todas as cores, menos...verde limão e rosa chiclete, por que aí , desculpe-me é foda!!!
    bj.Namastê!
    Cynthia

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  5. kkkkkkkk!

    no mínimo, quem se ofendeu estava pintando a unha de verde limão!

    O serviço público também já me mostrou duas coisas curiosas:
    - nunca promover uma festa de comemoração ao dia do "(qualquer profissional: X, Y ...)" caso 99,99999% dos funcionários não sejam formados naquilo;

    - não fazer cartão de natal para distribuir a todos os funcionários no final de ano (e sim um cartão de boas festas genérico), pois nem todo mundo acredita em Jesus.

    É reclamação na certa.

    e isso!

    bjs =]]
    Fabiana

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    Respostas
    1. Queridíssima Fabs,

      que bom vê-la por aqui!!! É, o serviço público não é moleza não. Povinho recalcado, sô!!!! KKK!!

      Acho que é a mistura da estabilidade, da falta de grandes desafios e da burocracia. Isso acaba minando as forças até mesmo as cabeças mais irreverentes e criativas.

      Eu confesso que já joguei a toalha. Invenção, só aqui no meu blog, onde faço as minhas catarses.

      Beijão,

      Lulupisces.

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  6. oi Lu! :)

    demorei, mas apareci :)

    o que mais me chamou a atenção nesse caso que vc citou e nesses outros foi a "virulência" das reações. Eu tenho para mim que as pessoas podem falar o que quiserem para outras, tudo depende de como isso será dito.

    Sinto falta de mais gentileza no mundo (já dizia o poeta, gentileza gera gentileza), mas sou da turma otimista que acredita que um dia chegaremos lá (já que o espiritismo diz que o destino de todos é evoluir).

    Uma coisa que estou aprendendo a separar: se uma pessoa é mal educada, mal amada, chata, e me tratou mal, não sou eu que tenho um problema, é quem me tratou assim que tem um problema.

    Aproveitando a deixa, sou uma leitora assídua do seu blog e achei bem interessante vc colocar sua experiência. Ajuda a refletir.

    bjs :))

    Fabiana.

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  7. Mas sabe que depois que você mencionou o lance do esmalte, pensei: é isso mesmo!!! Dá nome de cor de esmalte! E eu quero um!
    Aliás, tem cada nome hoje em dia que, na condição de linguista diletante, estou pensando em mandar currículo para essas empresas. Tenho certeza de que eu criaria uns bons: Pink Cata, Blue Fred, Curitiba Gris, Marrom Grimpa (os galhos que caem secos das araucárias e são ótimos para fazer fogo)... Tenho futuro no mercado cosmeto[i]lógico????
    Bjs,
    Caracol lírica rsrsrs

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  8. Risos...e não é que esse texto puxou da memória a fala de um certo cidadão que no dia internacional das mulheres disse: mulheres têm o prazer de escolher a cor das unhas... eu que não imaginava que a minha memória era capaz de registrar fala tão inconveniente. Fora isso, que susto você levou, hein? De fato, em ambiente de trabalho, todo cuidado ainda é pouco.

    Re Osório

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  9. Rsrsrs tirando que o especialista não entende nada do figurino de arquitetas, que não tem nada de convencional, elas usam a criatividade nas alturas se forem quadradas, desconfie. Lógico que usam roupas neutras calça jeans e camiseta Branca ou preta em dia de visitas á obra, mas olha para os pés, as mãos, as orelhas é o capacete hahaha tem de todas as cores, mas a marca é o branco. Não ligam mais pro fiu-fiu do século passado, são empoderadas desde os tempos acadêmicos. Unhas sempre as unhas será que as mulheres ainda são tigressas de outrora, que bom que hoje vale tudo.

    Renata Assumpção

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  10. Kkkkk!

    Maria Helena Ferreira Andrade

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