Azzelij (pequena pedra 'preciosa' polida)





Para Marisa Reis



"Eu vejo nossos filhos brincando,

E depois cresceriam e nos dariam os netos".
(Nando Reis)




Sonhei com ladrilhos de Portugal, homeland dos ancestrais e país amado pelo amigo Mário, que hoje volta para o Brasil com sua família, amada por mim. 

Meus afilhados de casamento... Os únicos corajosos que ousaram nos visitar quando moramos nos EUA pela primeira vez (sem filhos), e repetir o feito agora, 15 anos depois.

Hoje somos oito (+ Frida). Multiplicamos nossos afetos e conexões. Casamos no mesmo ano, temos filhos da mesma idade que, nessa semana de estreito convívio, não brigaram entre eles, apenas entre si, caso contrário não seriam irmãos.

Foram dias divertidos e coloridos. Cada hóspede que guiei pelas ruas de Manhattan me presenteou com novos olhares sobre a cidade. Me desafiou à reinvenção.

Nunca vou me esquecer do passeio de mãos dadas com Manu ao longo de quase toda a extensão da Quinta Avenida. A mãozinha delicada e morna da filha que não tive.

O velho e querido relógio de pulso parou de bater ontem. Era uma vã tentativa de parar o tempo e deixar que os amigos por aqui ficassem mais um bocadinho. Mas quem liga para relógios de pulso na era do IPhone?

Eles se vão, porém meu coração fica abastecido de gargalhadas e memórias ternas.

Gratidão por essa amizade que me acompanha desde a juventude e chegará à velhice, onde continuaremos a nos reencontrar, certamente mais multiplicados.


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