As paranormais
Os bons filmes, assim como os vinhos, precisam de tempo para que sejam realmente avaliados e validados como bons. Escrevo essa máxima de bicuda, pois não sou especialista nem em cinema e muito menos em enologia. Só quis começar essa conversa com uma frase de efeito. Surtiu? Mas eu tô falando isso porque ontem revi, com toda a atenção, o clássico de terror escrito, produzido e quase dirigido por Steven Spielberg: Poltergeist. Sei que a película foi reprisada dezenas de vezes na TV. Todavia, nunca tinha vontade de assisti-la de novo. Medo de quebrar a magia, o espanto e a história divertida que o cerca e que marcou a minha juventude candanga. Só que ontem ele estava de bandeja na grade da programação da HBO do jeito que eu curto: às dez da noite, com a casa em silêncio: paz de crianças dormindo e marido também. Esse é o céu dos cinéfilos: você, a tela e a história! Nenhuma interrupção, total concentração. Tinha chegado a hora da verdade: Poltergeist teria resi...