Coralinas
Aqui os velhim tudo dirige
devagarinho nessas ruas de pedras
primitivas, lascadas.
Entre um beco e outro um aroma de fogão à lenha que acabou de arder,
lufada de ruína,
de cidade-fantasma.
Vila Boa de Goiás, Goiás Velho, Goiás:
o nome encurta ao longo do tempo.
A cidade diminui: senil.
Portas fechadas
janelas entreabertas
igrejas lacradas como túmulos,
túmulos coloridos como casas.
O chão de Cora enrubesce a face
no esforço ladeira acima,
na direção celeste.
Serra Dourada, casas caiadas
gatos andarilhos
fardos de polvilho
tucanos vivazes,
goyazes:
pra mode ser Minas, faltam os trilhos.
Poemas delícias e fotos idem. Fiquei boba com as lojas de polvilho, praticamente a única atividade comercial em funcionamento - e com público - em Goiás e nas alvissareiras Nerópolis e Itaberaí!!
ResponderExcluirMônica Ramos Emery
Tudo muito lindo Lu, seu olhar também é poesia ( não só a escrita!). Seu encantamento acaba sendo nosso também! Obrigada por compartilhar!
ResponderExcluirMárcia Renault
Retratou bem a Cidade de Goiás, com linda poesia, gostei!
ResponderExcluirOscar Hilário
Luciana,
ResponderExcluirRealmente Goiás Velho guarda belíssimas histórias, histórias de quem conhece e volta....de quem viveu por aí. Dá grande saudade! Belo passeio!
Balbina Mendonça
Gostei. Seu olhar tem poesia e tem mesmo... Que digam as lindas fotos!
ResponderExcluirSocorro Melo
Lindo lugar!
ResponderExcluirLinda poesia!
Um olhar poético que dá até vontade de voltar para Minas!
ResponderExcluirInspirador como sempre!
Da sua fã n. 1,
Anna Gabis
lindo!
ResponderExcluirMaria de Fátima Venceslau
Não esquece a Maria Grampinho, amparada por Cora, próxima à biquinha que ficava embaixo de sua casa, passando pelo fogão a lenha doceiro... lembranças.
ResponderExcluirComo sempre as fotos excelentes. E o texto, sem comentários.
ResponderExcluirQue lindos textos! Fiquei com vontade de conhecer os armazéns de polvilho.
ResponderExcluirKarla Liparizzi
Lindo, Lu. De tocar o coração.
ResponderExcluirRenata Assumpção
Amei, Lu. E o próprio compasso impresso no poema dilata o tempo no andarilhar tão próprio dos goianos e mineiros do interior.
ResponderExcluirLu, tenho uma ligação afetiva imensa com Goiás Velho. Na verdade, Nando viveu a primeira infância lá e até hoje tem grandes laços com a cidade e pessoas de lá e eu peguei o afeto de reboque.
ResponderExcluirTexto lindo que retrata bem a Vila Boa. Me teletransportei pra lá em seus versos! Obrigada por compartilhar mais uma vez.
Mônica Torreão
Me senti caminhando por Goiás velho.
ResponderExcluirMuito bacana.
Arthur
Amei seu texto sobre Goias Velho . Morei lá durante 10 anos Voltei para João Pessoa ,mas deixei meu coração no sobrado da rua Joaquim Guedes número 12 ,.foram anos muito felizes.
ResponderExcluirLuciana, tudo bem, minha amiga?
ResponderExcluirO texto, e a foto em que as casas têm as suas paredes de frente, rentes à rua de pedra, me lembrou muito a cidade de Caldas, onde vivi até os meus 11 anos. Porque, ali, a casa onde eu cresci, era muito semelhante a estas, mostradas.
Então, esta imagem me remeteu até a minha velha casa, e junto, claro, vieram muitas, e muitas, outras lembranças e vivências de infância ali vividas.
Um beijo,
Paulo Magno
Muito bom... Seus versos passeiam por entre a cidade e lembranças numa nostalgia de sentidos e emoções. Parabéns!
ResponderExcluirDelícia de texto. Me levou pelas bandas do Goiás da minha infância.
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