#tbt
O que temos para hoje… Humm, vejamos… Anexos anoréxicos (segundo o grande cronista Mario Prata, a palavra anexo tem barriga vazia, passa fome). Concordo.
Solicitações de certidão de objeto "em pé". Achei fálico e vocês deduzirāo: só pensa naquilo.
Xixi da cachorra no tapete gabbeb. Pedi ao pessoal da lavanderia aqui perto para buscar (já experimentou carregar um tapete de três metros no braço? Só não deve ser mais complexo do que se livrar de um corpo). Vocês matutarāo: como ela sabe?
Frida recebeu os dois encarregados de limpar o trabalho sujo dela. Entreguei logo a autora do crime. Mas que bonitinha, né? Sim, para o bem dela, é uma fofa. Olha, a atendente te deu o valor errado, porque tô vendo aqui que é um gabbeb, né? É artesanal.
Congelei, emocionada, por dois motivos: 1)ele era capaz de reconhecer um gabbeb enrolado e fétido. 2) Em quantos milhões consistiria a diferença entre o orçamento industrializado e o artesanal? Dez reais. Descongelei em tempo de assinar a ordem de serviço.
Lá de fora, a sirene de uma ambulância se confundia com os latidos do Lulu da Pomerânia do vizinho. Relembrei Gabbeb, filme iraniano desfrutado numa existência longínqua, naquele saudoso cineclube às margens do lago Paranoá.
A manchete sobre os 80 anos do Pelé também me fez recordar que, nas priscas eras de 1993, trombei - sim, o verbo está correto - nele em uma calçada do bairro da Aclimação.
Era noite e eu voltava apressada para casa. A menina da província na metrópole paulistana. Mas qual mulher à noite e sozinha se sente confortável no meio da rua? Vocês responderão: nenhuma.
Ele descia do carro, eu passava olhando para trás para checar se não estava sendo seguida. Pou! Toim! Pelé??? Ele apenas sorriu aquele sorriso canastrão inversamente proporcional ao seu talento no esporte, seguiu o caminho dele e eu, o meu.
Na década de 1990, ainda não havia filhos, nem gabbeb na sala. O fundamentalismo religioso do Irā soava absurdo, inexplicável.
Hoje, 2020, o Brasil se tornou absurdo, inexplicável. E a quinta-feira nem sequer terminou.
Muito bons, texto e foto!
ResponderExcluirAna Cristina de Aguiar
Muito bons seus textos, tia. Adorei que mencionou a Frida. KKK!
ResponderExcluirRenata Assunção
Te escrevo daqui de Jundiai! Cheguei! Só passando para te avisar que também já trombei com o Pelé. Foi em 1996 na praia de Copacabana!
ResponderExcluirEnfim, e a Fridinha hein?
10 Lu. Parabéns.
ResponderExcluirO que fazia você na noite paulistana, amiga? Saudades.
ExcluirMuito bom ler você. Boas recordações de tempos idos, não tão distantes assim, mas que deixaram boas lembranças.
Esse tapete tá aí há quanto tempo? Quero saber se já pisei, deitei ou rolei numa obra de arte sem saber.
ResponderExcluirQuanto à sua trombada em São Paulo, deve ter sido com o Edson, não com o Pelé. Lembre-se de que ele foi o precursor de separar pessoa física da jurídica. Hoje é tão comum, infelizmente.
Valdeir Jr.
Uma trombada real, em duplo sentido. RsRs
ResponderExcluirMárcia Romão
Show de texto! E melhor nem comentar os tempos atuais...
ResponderExcluirMaravilhoso texto😍tb trombei com o sorriso canastrão do nosso Rei, kkkkkk foi aí em Brasília na comemoração do dia da independência dos Estados Unidos na embaixada🌸🌺🌻
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirAna Cecília Tavares
Trombar com o Rei certamente é bom sinal.
ResponderExcluirClarice Veras