Valei-me, Drummond!
“Eu sou a minha própria embarcação. Sou minha própria sorte. Eu falo três línguas, e a palavra amor, cadê?”
(Luedji Luna)
Os deslumbrantes dias de abril não ligam se estamos na puta que o pariu.
Os majestosos dias de abril não se importam com uma pandemia.
Os gloriosos dias de abril não querem saber de enterros e de assassinatos em massa.
Os fantásticos dias de abril não se sensibilizam com a morte brutal de um menino de quatro anos, mais um.
Os luminosos dias de abril não prestam atenção se as pessoas agora usam duas máscaras ao invés de uma. Ou se não usam.
Os estupendos dias de abril não percebem a melancolia de um povo.
Os ensolarados dias de abril não acreditam na perversidade da sociedade.
Os amenos dias de abril não têm empatia pela fome.
Os claros dias de abril não enxergam escuridão.
Os triunfantes dias de abril zombam da nossa derrota ética.
Os vistosos dias de abril não se escondem por trás de protetores faciais.
Os chamativos dias de abril não redimem governos que promovem injustiça social.
Os fulgurantes dias de abril não toleram falta de transparência.
Os ávidos dias de abril não compactuam com a mediocridade.
Os radiantes dias de abril chegam sem pedir licença.
Todo ano, sempre igual.
Ao menos isso.
Ainda bem.
Por aí e por aqui, pelo visto tudo igual.
ResponderExcluirApesar de tudo, os dias de abril continuam lindos🙏🙌😍
ResponderExcluirImpactante!!!!
ResponderExcluirImpactante!!!!
ResponderExcluirÉ... Criamos nevoeiros ao nosso redor, mas o sol continua a brilhar! Como diria vc mesma: tolinhos! Somos uns tolinhos... É vc que usa essa palavra, as vezes, não é, Lu? Adoro!!! Kkk
ResponderExcluirÉ... Criamos nevoeiros ao nosso redor, mas o sol continua a brilhar! Como diria vc mesma: tolinhos! Somos uns tolinhos... É vc que usa essa palavra, as vezes, não é, Lu? Adoro!!! Kkk
ResponderExcluirMaravilhoso!
ResponderExcluirMateus Cellano
Curto demais da conta seus textos e fotografias.
ResponderExcluirPaulo Bigonha
Sim, estamos na puta que o pariu, tentando não perder a ternura, né, Lu?
ResponderExcluirClarice Veras
Gostei muito do seu texto. Dava pra ser escrito no jornal.
ResponderExcluirKarla Liparizzi
Muito bacana.
ResponderExcluirLuiz Carlos Scotti
Excelente reflexão, amiga. São textos assim que me fazem prosseguir! Obrigada!
ResponderExcluirAna Claudia Loiola
Maravilhosos o texto e os dias de abril, que céu igual não há. Ainda bem que os temos, abrir a janela de manhã nos anima ao olharmos pra esse céu lindo, não lembrando que teremos que optar pelo stress ou depressão.
ResponderExcluirRenata Assumpção
Texto de uma beleza raivosa. Me identifiquei.
ResponderExcluirDébora Cronemberger
Depois de um abril de 2020 em que estava em plena guerra particular... um abril de 2021 chega assim com uma dramática realidade social.
ResponderExcluirBelo texto, xará!
Luciano Villalba Neto
Arrasou aí com os dias de abril.
ResponderExcluirBernardo Mello
Mas os radiantes e iluminados dias de abril, encontraram os olhos de uma estupenda vivacidade de uma jornalista que vive o majestoso momento de abril e lhe pergunta: - porque os homens ao assistirem o espetáculo da natureza não se propõem a dele participar procurando a palavra que não aparece em nenhuma das três línguas porque esta escondido dentro de cada ser e só aparece se praticado? - o amor esta dentro de nós e pode ser expresso em qualquer local independente da língua. Ele se faz concreto e visível através de gestos e atitudes. Se o amor fosse a linguagem prática universal a realidade do ser humano seria estupenda e todos poderiam ver o brilho maravilhoso de abril!
ResponderExcluirSocorro Melo
Os marabichosos dias de abril há 73 anos comemoram o nascimento de uma doida cremosa chamada Vera.
ResponderExcluirVera Schafer
Belo, belo!
ResponderExcluirLuiz Martins da Silva
Eu ri com "estarmos na puta que o pariu" e me emocionei com todo o resto! Há muita beleza nesses dias, né? Com a gente pode conviver com sentimentos tão duais? A vida é esse eterno barroco dentro da gente o tempo todo.
ResponderExcluirBianca Duqueviz
Os deslumbrantes dias de abril não ligam se estamos na puta que o pariu.
ResponderExcluirPoderia parar aí. Mas ainda bem que você foi além.
Lindo.
Valdeir Jr.
Que lindo! Me fez lembrar um poema de Ferreira Gullar e outro de Ezra Pound. Parei aqui para te ler...
ResponderExcluirKarla Melo
Há um lugar para ser felizzz, além de abril em Parissss.
ResponderExcluirJandira Queiroz
Lindo, poético, profundo e real!
ResponderExcluirMARAVILHOSO!
Um bjo da sua fã n. 1
Anna Gabis