Despida
"A saudade do sal não se repara
Com a imersão difícil
Nesse oxigênio sujo"
(Adriane Garcia)
Despir-se do mar é salgado, quase amargo.
Borrifos aferram-se à pele
apelos: fique mais um pouco, fique para sempre.
A maresia impregna
cheira a peixes saltitantes e suculentos.
A alma aquosa recua,
maré baixa.
Até breve nunca é breve o bastante.
Acordei árvore. Todas aquelas nas quais subi, cai, mirei, fotografei, desejei, abracei. O dia da árvore é meu. Me aposso dessa força. Raízes áreas me fincam no altiplano (Leste ou peruano). Semillas e flores brotam no bico de cada peito. Braços-troncos se fortalecem para balanços infinitos.
Vai por mim
Se há algo mais surreal do que as pinturas de Dalí são os nomes dos quadros de Dalí:
Construção suave com damascos cozidos
O despejo do móvel-alimento
Acomodação dos desejos
Canibalismo de outono
Idílio atômico e urânico melancólico
O toureiro alucinógeno
Cama e duas mesinhas de cabeceira atacando ferozmente um violoncelo.
Rosto Paranoico
O toureiro alucinógeno foi meu nome favorito kkkkkk
ResponderExcluirTomas
Super 10
ResponderExcluirAdorei ❤️! Adorei os Dalís tb 😂😂😂
ResponderExcluirKarla Liparizzi
"Até breve nunca é breve o bastante."
ResponderExcluirEu concordo tanto!
Bianca Duqueviz
Hummm🤗sempre maravilhosas e intrigantes suas escritas 👏👏👏
ResponderExcluirOs nomes dos quadros do Dali são da mesma ancestralidade das listas de nomes que vc garimpa no seu trabalho! Eu que não tenho mais FB morro de saudade de rir com elas! Pública no Instagram!
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