Luminares
“Não deve, não pode Não se cutucar cobra com vara curta, escuta Tudo isso pra quê? Atentar aparência, não, mas o meu peito é de mulher Qualquer gota de amor afoga, faço um oceano dentro"… (Luedji Luna) Uma mulher que pinta as unhas de calda de blueberry não quer briga com ninguém (mas pode). Não quer lavar a louça ou encostar a barriga no fogão também. (Mas pode) Pontua o amor por si própria alimenta a chama de sua feminilidade. O poder ritualístico das fêmeas, conclama: autocuidado. Uma mulher que pinta as unhas não quer dar satisfação, porquês. (mas pode). Não admite humilhação. Busca seu lugar ao sol e à chuva, sem pedir autorização. Uma mulher que pinta as unhas pode se dar ao luxo de não pintá-las. Escolhas e decisões à sua revelia. Segue o rumo ditado pela natureza feminina cais e embarcação feroz e liberta, felina (em) simultânea contradição. Dias de Abril sonhos de Dom Bosco lar dos golfinhos olhos da Elizabeth Taylor cor que não me cai bem vestidos de Cinde...