Para Lygia
meus contrários e eu
objetos abjetos.
No escuro me clareio
e visto do avesso a alma sobre o corpo.
À luz do dia ela se revela.
Tímida, se contrai, contrariada.
Exposta se apossa do passo
se acomoda no incômodo
das suas contradições,
costuras em evidência,
saliências.
Ninguém nota a alma dela,
aberta,
amornando-se,
harmonizando-se,
ao primeiro sol da manhã.
"Eu tenho vocação para a alegria, mas é uma vocação mal cumprida".
(Lygia Fagundes Telles e eu)
E eu 🥰
ResponderExcluir"e visto pelo avesso a alma sobre o corpo" amei isso!
ResponderExcluirVocê acorda sempre inspirada e permanece assim o dia todo!
Márcia Renault
“No escuro me clareio…” Adorei! Direto e profundo! Essa parte me tocou. É no recolhimento que lançamos luzes sobre as sombras que precisamos clarear na alma.
ResponderExcluir[4/8, 15:48] Mônica Torreão: Parabéns mais uma vez minha querida!!!
Bjosssss,
Mônica Torreāo
Que falta de sensibilidade a minha, não?
ResponderExcluirSabia que vocês eram unha e carne, pena e nanquim e não prestei minhas condolências.
Sinto muito.
Viu que erraram a idade dela?
Parece que era mais velha que minha avó.
103 anos.
Valdeir Jr.
Lindo, Lu
ResponderExcluirNenhuma sombra resiste a este brilho. Vc é iluminada. Bj
Jandira Costa
Me vi um pouco nesse texto...
ResponderExcluirMaravilhosos contraditórios, contrastes...
Importantes, viscerais, porque humano perfeito sou...
Marilena Holanda
Sempre fotografando bem a literatura brasileira.
ResponderExcluirParabéns, xará! ����
Luciano Villalba
"Exposta se apossa do passo/ se acomoda no incômodo/ das suas contradições". Linda, perfeita homenagem, Lu! Exatamente esta a essência dos imensos de espírito: após o primeiro sol da manhã, sempre-sempre a inquietude...
ResponderExcluirLindo demais!!!!!
ResponderExcluirlindo!!!
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