Gratidão
Céu fecundo, gris
Que trouxe o vento que confundiu meus olhos
E refez outros nós nos fios das teias, dos cabelos, das trepadeiras.
Os galhos acenam sim, com vigor
Solícitos acolhem o chamado verde
E se entregam lascivos aos carinhos das lufadas frias da chuva
Que traz o vento que confunde meus pensamentos
Devotos, servis, reverentes, clementes ao poder da natureza plúmbea.
Enganadores uivos que insinuam tempestades
Ainda as espero ávida, grávida do cheiro de terra molhada até o útero do planeta.
Para que não reste dúvida de quem reina no meu coração:
as gotas pesadas, lágrimas, da nublada paisagem.
Lindo! Você realmente escreve com alma!
ResponderExcluirRogelma
Belo poema, Luciana. Poesia molhada com belas gotas de inspiração...
ResponderExcluirSeverino
Boa noite querida Luciana, adoro estas suas chamadas, são lindas, poéticas, sedutoras, vou até seu blog, leio, gosto, mas não sei porque não consigo me comunicar com você através dele,
ResponderExcluirda próxima vez em que você vier aqui, favor me ensinar.
Abreijos,
Guti