Dos reinos vegetal e animal
Sinto preguiça, uma languidez fenomenal.
Os bocejos são muitos, a sonolência, infernal.
Fico pelos cantos, imóvel, estátua sem pedestal.
Semicerro meus olhos, num estado animal.
Penso apenas em me jogar no sofá,
na cama,
na grama...
Horas sem nada a fazer
além das folhas da aroeira
ver.
Sozinha estar,
apreciar o pouco falar.
Tenho comido pequenas porções
as unhas enormes, de leões.
Serão os gatos feiticeiras
transmutando a embusteira?
Dizem as más línguas: gato chega a matar gente!
Pois minha humanidade se esvai
felinamente.
Daqui a pouco abandono os óculos,
ganho olhar de lince.
E quando o corpo saltar sem peso
não mais me reconheço.
Muito maneiro esses textos Lu, o do gato até eu fiquei preguiçosa…miau miau🤗
ResponderExcluirCynthia😘
O mundo feminino é felino.
ResponderExcluirNem se pode chamar uma mulher do nome de outro animal. Por exemplos: vaca, cachorra, traíra, macaca, cobra, rata e etc. quase sempre com sentido pejorativo.
Mas se pode e deve chamá-las de gatas.
Gambá
Adorei, Lu.
ResponderExcluirAna Tavares
👏👏 Parabéns, Luciana! Até fiquei pensando em transpor essa poesia para o universo canino. rs. Abraço!
ResponderExcluirDarcy
Gato interage pouco!!!
ResponderExcluirLindo, digno do próximo livro. Abraços.
ResponderExcluirSocorro Melo
Lindo, amiga!
ResponderExcluirCecília Pereira
Adorei!!!
ResponderExcluirFiquei pensando… me sinto também coabitando nos recintos dos felinos… e olha que nem tenho felinos… hmmmm que preguiça..
Yasminne