Variações sobre o mesmo tema
jabuti não sobe em árvore
jabuticaba dá no pé
já botei flor no cabelo
pra ganhar um cafuné
Vizinha, adeus! Amanhã você deixar de fazer parte da nossa vida. Você está doente, velhinha. A morte assistida para as árvores não é ilegal.
Obrigada pela vista exuberante que tivemos por todos esses anos. Nos entendemos tão bem desde 2006!
Sei que às vezes eu reclamava que o apartamento podia ser mais claro. Agora vai ser uma ausência esquisita, um oco... Vou precisar de cortinas?
Já vejo o prédio do outro lado da rua, na outra quadra. Estranho.
Como diz Caetano, quem sabe a gente se encontre num outro nível de vínculo?
Tempo, tempo, tempo, tempo...
lusco-fusco
crepúsculo:
verão outonal
no Distrito Federal
Nossa, Lú,
ResponderExcluirCortar ou arrancar árvores ou mesmo assistir, é um processo que me dói muito.
Especialmente se são árvores grandes e antigas, que têm história, âmago, pelas quais eu tenho verdadeira reverência...
Marilena Assunção
Eu vi sua foto do lusco-fusco ontem!!! Segue a vida em suas contradições, né? A iluminação maior, a ausência da amiga... eu só acho que a gente ainda não conseguiu o tal "acordo contigo" que Caetano propôs na música... o tempo tem sido mesmo implacável!
ResponderExcluirBianca Duqueviz
E impressionante Lu que pra tudo que vc fotógrafa passa a existir um história . É interessante a forma que vc da vida nas fotografia . Muito lindo e a leitura fica leve de se ler 👏👌💕
ResponderExcluirLindos! O sobre a árvore fiquei tocadíssima.
ResponderExcluirCynthia Chayb
Gostei!
ResponderExcluirAgenor
Também sinto essas despedidas vegetais, Lu. Uma paisagem se modifica, surge luz, nasce espaço, ergue-se também vazio onde antes era presença. Clarice Pinkola Estés tem um livro singelo sobre essas anciãs que tombam assistidas em adoecimentos ou assassinadas por urgências urbanas. Em muitos casos, ela nos chama a atenção, o renascimento da árvore acontece em brotos ao redor do caule amputado ou em caminhos percorridos por suas raízes. Mas outro dia pude me consolar com outro tipo de reencarnação de um Guapuruvu gigante que fotografei diversas vezes, tanto me lembrara um neurônio em sinapses amarelas. No vácuo aberto pela sua queda, dezenas de filhotes descabelados cruzaram a barreira do solo, esticando-se verticais e muito verdes em direção ao sol. Algo sossegou em mim desde então.
ResponderExcluirEram suas sementes, lançadas pouco antes de tombar. Que possamos ser assim.
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