Santuário
No caminho para escola dos meninos lá está ele, o imponente Santuário. Gosto de ser vizinha dele. Os templos me fascinam. Acho que fui impregnada deste silêncio e mistério desde muito nova. Por causa da madrinha, cresci entre as naves da Catedral de Brasília e da paróquia de São Judas Tadeu (aqui e no Rio de Janeiro).
Hoje, levando o menino que agora tem 11 anos para uma atividade extracurricular, lembrei que fazia um tempinho que não visitava Dom Bosco. Às sete e meia as portas da igreja já estavam escancaradas.
- Oba, na volta vou entrar um bocadinho.
- Estranho as igrejas ficarem abertas tão cedo...
- Não, filho, é isso mesmo. Nos EUA é que era estranho todas as igrejas fechadas, reclusas. As igrejas são lugar de aconchego, de reflexão. E precisam acolher os que querem apenas fazer uma oração cedinho antes de ir para a escola, para o trabalho.
- Mas essa igreja é tão grande, você ficar ali sozinho lá dentro é esquisito. Por que precisa ser tão grande?
- Quem acredita em Deus não se sente sozinho lá dentro, filho. Nem todas as igrejas são desse tamanhão, mas algumas acham que querem que a gente sinta essa imensidão do divino, do universo. Pra gente perceber que somos um pontinho, uma gota no oceano. É pra gente exercitar a humildade.
Sei lá se é, às vezes foi só vaidade dos idealizadores. Mas prefiro pensar nessa possibilidade. E o sino badala: em Brasília, oito horas...
Sábia resposta ao filhote!!!!
ResponderExcluirAmbrosina
Exercitar a humildade, grande reflexão.
ResponderExcluirDri
Amo essa igreja. Meu lugarzinho que ia orar no meio dessa imensidão de luz azulada... Me sentia no céu!
ResponderExcluirMarcia Renault
Que lindo, prima! A evangelização começa na família. Que Deus continue te dando muita sabedoria.
ResponderExcluirMônica Martins
Às vezes, sentimentos assim nos ocorrem no interior das Igrejas. A busca de proteção do Alto nos invade. Tive uma sensação incrível quando entrei na Igreja de Notre Dame, em Paris. A penumbra do templo diferente de todas as anteriores, quando entrei na nave...
ResponderExcluirSocorro Melo
Nem precisava ter ido pra Noronha para sentir a imensidão azul. Tava logo ali, pertinho da sua casa!
ResponderExcluirValdeir Jr.
O lugar é realmente lindo! Valeu o registro aqui através de suas linhas sempre encantadoras.
ResponderExcluirBeijocas.
Marcita
Bacana, Lu!
ResponderExcluirEduardo
Templo, deve ser como Deus. Sempre de braços abertos para nos abraçar. Não importa a procedência, de onde viemos ou para onde estamos indo.
ResponderExcluirSempre inspiradora e provocadora! Oxalá, o oceano de palavras e pensares que transitam minhas sinapses e meu coração fossem impressos no papel ou em qualquer lugar visível, assim como vc que pesca e mostra o peixe!
ResponderExcluirParabéns pela soma perfeita e desafiadora do seu menino. Cresça ela curioso sempre e contribua ele para um mundo mais cheio de amor e cor!
Márcia Godinho
Luciana, já é bem tarde. Só te digo que, apesar de ser sem-religião, tenho ótimas experiências em igrejas. Principalmente em viagens no passado.
ResponderExcluirAbraço,
boa noite!
Paulo Magno
Adorei sua resposta ao filho. Seu blog está lindo, Lu! Fazia tempo que não entrava aqui...
ResponderExcluirClaudia Valadares