Tem coisa que só acontece comigo. Afirmação carregada de estrelismo de uma ascendente em Leão. Reformulemos. Tem coisas que acontecem com muita gente, mas nem todas elas percebem a “graça gratuita das nuvens” nelas contidas. Não melhorou muito em arrogância. Hahaha. Acabei de ler a coluna da Bia Braune, na Folha de SP, e fiquei morrendo de inveja dela porque, além de escrever colunas para a Folha, ainda encontrou um caderno mágico de 1922, com memórias de uma tal Glorinha, na caçamba de entulhos na sua rua. Na caçamba da reforma da minha futura casa só encontro entulho mesmo. Sacos de cimento vazios, pedaços de tubulações, plásticos vários e galhos podados de um jardim confuso. A maioria destes resíduos são jogados ali pela pessoa aqui, inclusive, uma vez que os pedreiros parecem não ligar para a bagunça ao redor. Vão deixando o rastro de destruição se acumular, o que para mim, detentora de um certo TOC, causa agonia exasperante. Mas, deixemos os pedregulhos e falemos de fatos intrigan...
Agora a mudança está premente. Começou o entra e sai de corretores de imóveis em busca de um orçamento para alugar o apê. A visita de empresas ou cooperativas transportadoras de cacarecos também. E como os temos. É num momento assim que vemos o tanto que acumulamos. “São muitas miudezas para embalar, vamos orçar três dias”. Ó céus, o museu do artesanato vai cobrar um preço alto pelo deslocamento do seu acervo. Eu que tô de férias chata resolvendo, evidentemente, chateações, não posso deixar de rir da cara espantada dos pretendentes a embaladores. Corretores enxergam cada senão no imóvel, as pequenas ranhuras e os defeitinhos. Como editores de texto minuciosos, apontam os erros de grafia e de pontuação. “A reforma não é luxuosa, mas é um bom apartamento, não fica atrás do posto, e voltaram a usar tacos de madeira”. E assim vou me despedindo da vida na superquadra 303 sul, para sempre sinônimo da gravidez do caçula, da morte da minha mãe, da infância e da adolescência dos meus filhos, ...
Adoro o barulho dos pneus espalhando água da chuva. Isto quer dizer que o dia está denso e cinza-reflexivo. Como você pode estar de bom humor numa manhã chuvosa como essa? Estou. A chuva me fecunda. Dias londrinos me dão uma leveza diametralmente oposta ao peso das nuvens no céu. Natal tem de ser assim: branco. A autora da frase é Claudia, a amiga do mercado comum europeu. Ela não gosta de inverno (um paradoxo para uma austríaca), mas admite que Natal tem de ter neve. É verdade. No caso do Brasil, no mínimo, tem de ter gris-pluviométrico. Família reunida ao redor da mesa trocando presentes combina com noites aconchegantes de inverno. O verão pede festa com amigos no meio da rua. É duro comer tanto pernil, peru e farofa suando em bicas. Bem que a gente podia ter um mês de frio. Só um mês bem frio, para casacos até os tornozelos e cachecóis. O equilíbrio no mundo poderia existir ao menos no clima. Acontece que com o termostato planetário cada dia mais azuretado, babau. Fico f...
Uau, poetando também?! É um sinal de algo... O que será?
ResponderExcluirAna Cristina Aguiar
Simples e profundo!!!! Que sonho heimmmmm!!!!!
ResponderExcluirMarina Caldana
MISTÉRIO!!!!!!
ResponderExcluirAmbrosina Militão
Se até moléculas já foram descobertas em sonhos, porque não uma poesia? https://web.chemdoodle.com/kekules-dream/
ResponderExcluirKekulé’s Dream | ChemDoodle Web Components
In 1890, at the 25th anniversary of the benzene structure…
WEB.CHEMDOODLE.COM
Bernardo Mello
Belos versos,,, poesia concreta da melhor qualidade!!!
ResponderExcluirCatarina França
Você escrevendo para você. Amei!
ResponderExcluirÂngela Maria Sollberger
Acho que você está é muito sã!
ResponderExcluirMarisa Reis