Destempo
"Cai a lua, caem as plêiades e É meia-noite, o tempo passa e Eu só, aqui deitada, desejante". (Safo, poeta grega da Ilha de Lesbos) Caçando casas e poesia na orla norte do Paranoá… Vem ao ouvido os barulhinhos de uma cozinha em movimento alquimia do alimento em preparo zeloso. Marulhos das ilhas gregas embalados por uma lira imaginária. Safo, a poeta safa, ao pé da floresta petrificada escreve. Eu escrevo. Quantas mulheres escreveram antes de Cristo, antes de mim? Depois, quantas mais, infinitesimais. O importante não é quem, mas como e porquê. Lead é jornal, embrulho para peixes no dia seguinte. Poesia não tem cronologia. É (a)crônica no destempo galáctico. Ócio Coração cinza incerto charminho de lilás zaz beterraba ou mousse de pitaia? Duna nude areia: rave ou preguicinha? Cappuccino em Bali. Flutuar ou florescer? Epopeia azteca. Vanguarda ou rosa antigo? Zazá ciganinha Samba, Juliana Aventura na selva ou cata conchinha? Selfie hasta la vista, baby! Cartão sem...