Erupções
"¿Para qué hago versos...? Para que sepáis que bajo mi nieve palpita un volcán" (Vicenta Castro Cambón) Uma mulher aderna, não afunda. Seu corpo canoa larga equilibra-se entre os remos, pés carcomidos. A canoa ginga esquerda-direita, direita-esquerda. No rio-vida-caudaloso-extenso a canoa singra sem pressa: malemolente persistente. O corpo balança gangorra no tênue equilíbrio entre pesos direita-esquerda, esquerda-direita. Pendula, existência móvel, inquieta. Uma mulher é toda ela natureza. Terra firme, rija madeira de lei. Os desejos, voláteis, estes não têm cais. Veranico Descasco um continente se forma no braço, placas tectônicas. Cordilheiras afloram… Pele rebelada despelada marca a superfície. (A)pelo ao breve verão desanuviado, em flerte com o rei Sol. Descobrir um poeta no dia de sua morte* Dele ou sua, desimportante. A ordem da descoberta dos versos não altera o deleite. Malas prontas, alas organizadas, viaja-se ...