Laranja madura na beira da estrada...
A manhã na qual me portei como laranja. É possível inferir que eu estava amarga, estilo casca grossa, ou me sentindo um bagaço. Talvez redonda devido ao confinamento de João e Maria, na casa feita de doces. Quem sabe na cor alaranjada, de tanto tomar vitamina C em pastilhas efervescentes. Todas essas alternativas têm certa veracidade, mas ontem descobri o que é ser UM laranja, termo de origem incerta, incorporado ao senso comum dos brasileiros pelas manchetes policiais que abundam no país. Emprestei meu nome para o marido abrir uma nova conta em um novo banco. Digo isso assim de cara lavada, pois ele me colocou como primeira correntista só pensando em facilitar transações entre a instituição na qual recebo meu salário e a nova. Justificou ao gerente que era uma maneira de eliminar a ameaça de pagar CPMF, esqueleto que sempre pode pular de algum armário, jabuti que sobe em árvore e essas coisas esdrúxulas que transbordam no Brasil. O fato é que meu nome tá lá, mas quem ...