Para todo o sempre
O debate interno dele que se reflete externamente... Uma hora brinca de corrida de saco e anda de quatro junto com os menores. No momento seguinte, senta com orgulho no banco da frente do carro e se olha no espelho retrovisor ajeitando o cabelo, que precisa ficar comprido e desalinhado, espalhado na testa. Diverte-se com Pokemóns enquanto tira “Eduardo e Mônica” no violão. A gente de fora, no papel atônito de lidar com o novo ser humano que se avizinha. Ainda quer ser posto na cama, ainda toma banho com você, mas até quando? De repente está assoviando um rap. Um rap! E você pergunta: o que é isso, filho? E ele lhe mostra animado o vídeo de um tal “7 Minutoz” sobre o Demolidor da Marvel. Até quando ele não vai fazer segredos? Até quando essa inocência e a pronta vontade de atender ao pedido da mãe? Sim, eles crescem. E crescem sem pedir licença. E doem neles e dói na gente essa belezura da adolescência. O mau humor típico dos teens de mãos dadas com a brinca...