Namastê
O curry , as cascatas de tecidos ocres, laranjas, vermelhos, amarelos... Sáris e a essência da feminilidade. Rituais, a cítara, ah, a cítara!!! O mango lassi, as reverências, a fé que gostaria de vivenciar. Olhos negros, corpos esbeltos. Sofrimento misturado aos cheiros, às danças, aos dons. Devo ter sido indiana em outra vida porque tudo me parece tão amável e íntimo naquela imensidão de culturas e povos. Os chás, o arroz, o frango masala e Gandhi. As monções: chuvas e mais chuvas, minhas queridas corredeiras do céu. O budismo, os templos e o yoga com sua sabedoria irretocável. Os gestos delicados, submissos e comedidos que requerem uma personalidade que não tenho. A contemplação, o pôr-do-sol açafrão. Onde eu me sinto em paz é no meio dos mantras. Onde me sinto gente é depois de tentar fazer um asana que meu corpo não compreende. Os deuses dos meus sonhos entrecortados são cheios de braços e pernas. Antropomórficas miragens. Ganesha, Brahma, Shiva, Vishnu.....