As mil e uma referências
Fim de ano é tempo de refletir num sem fim de coisas de tamanhos e importâncias diferentes. É época propícia também para ir atrás das nossas referências, às vezes daquelas que a gente até acha que não se lembra mais, entretanto,ao bater os olhos, sentir o cheiro ou ouvir a melodia, a gente recorda imediatamente. Foi assim quando revi, ontem, depois de tantos milênios, Harold & Maude, ou, para nós brasileiros: "Ensina-me a viver". O que seria da nossa geração sem a querida Sessão da Tarde? Centenas de filmes essenciais para a nossa formação sentimental, política e comportamental foram deleitados, sem direito a pause, nas televisões Sharps 20 polegadas. "Ensina-me a viver" estava entre eles. A história do menino que gostava de ensaiar a própria morte que encontra a velhinha libertária marcou a minha infância. Na adolescência, tive um namorado cuja irmã mais velha curtia Cat Stevens. Fiquei maravilhada com aquele som, como se ele fizesse parte de mim desde semp...