Achados amarelados
“É preciso continuar escrevendo. Inclusive quando não interessa a ninguém.” (Ágota Kristóf, escritora suíça-húngara) Banguela Quando as crianças me olharam nos olhos, era o mesmo momento do vento provocando a inércia das árvores. O sorriso banguela da menina ao balanço claro, aberto… como o céu de um azul azulíssimo! Abracei, pois, a ideia outonal. Voei e caí, madura sobre a grama. Plágio Você não alimenta as minhas fantasias. Eu, louca, louca, escrevo. O que não projeto em palavras, copio de Adélia, de Quintana, de Clarice. Mas você não me entende. Não chega com o seu cavalo branco. Talvez delire demais. Ou seja mulher, o que torna tudo diferente. O que faço com a parafernália de computadores neste corre-engole de fumaça tediosa, de praças imundas e de pessoas sofrendo? Palavras insípidas não convencem, tampouco tranquilizam. Umbilical Olhava para a sua pupila com insistência. Queria arrancar algum sentimento meu que pudesse ela guardar. Nada encontrei além daqueles olhos...