Thanks for riding, Luciana!
Contingências da rotina me levaram a experimentar as facilidades e excentricidades do Uber dias atrás. Três corridas, três personagens distintos como a vida. Interessante que dois deles eu encontrei num único dia, corroborando que o insólito está sempre lado a lado com a gente, ainda que morramos de tédio. Insólito seria um adjetivo um pouco exagerado, talvez estranho ou incomum. Ah, deixemos para lá e apresentemos o motorista W, que me buscou no meu futuro novo endereço no Lago Norte. A manhã estava resplandecente, o calor se anunciava em seu verão máximo. Do lado de fora não evidenciei nada exótico além de um adesivo chamativo fixado no vidro traseiro: “Por favor, não bata a porta”. Ou “Não bata a porta, por favor”. A memória dos ocorridos não está mais tão fresca. Dentro, percebi estar num dos automóveis mais detonados que já entrei, ainda mais para um Uber. O assento rasgado, cinto de segurança meio enguiçado. Carruagem mequetrefe, meio bamba. O motorista tinha um jeitão Robert ...