Imanência e transcendência



                                                                        

“Cada homem em sua noite parte em direção à sua luz”. (Victor Hugo)


Tenho sonhado com casas, com espaços familiares de convivência, com plantas nos jardins.

Maior a solidão, mais elaborada a imagem do aconchego.

Desterrada, destelhada na vida. Amparada, abraçada no devaneio.

Alma de choupana, pau a pique, se resfolega na serenidade das lombadas de livros ao redor, num cômodo com tapetes iranianos libertos, tapeçarias medievais idílicas, grafites de OSGEMEOS.

Janelas imensas com vista para a serra, pés descalços na grama, mãos na argamassa da alegria.

O banheiro tem uma luz natural que cai enviesada sobre a cerâmica pintada com peixes azuis.

Mamãe aparece sem avisar como sempre. Me divirto. Cadê vovó Paula? Ainda não veio...

A sobrinha se aninha ao meu lado, calorzinho amoroso. Acordo com saudades de Evas, de Marias e de Clarissas. Eu, a própria bêbada (abstêmia) equilibrista.

Comentários

  1. AAAAAAAAA... Arrepiei!

    Maura Baduy

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  2. Maravilha de texto!

    Mônica Ramos Emery

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  3. Adoro te ler!

    Marcya Reis

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  4. MARAVILHOSO COMO SEMPRE!!!!! Sem palavras para descrever essa beleza, mas vc sabe como descreve-la!
    Da sua fã n. 1,
    Anna Gabriella

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  5. Lindo, Lú!
    Tia Paula está na purificação, logo estará pronta pra esse contato. O colar tem me dado sorte. As fotos foram colocadas nas paredes.
    Também sonho com uma casa... ❤❤❤

    Renata Assumpção

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  6. Ai, que lindo!!!
    Sorte sua sonhar com a mãe!

    Maria Heloísa Soares

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  7. Sinto bem o que é ser desterrada e destelhada na vida.

    Jandira Costa

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  8. "Alma de choupana" iluminada pelas estrelas. Que abriga o fôlego da poesia. Toda linda.

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