Popularidade zero
Enfado. Já estava grande e ontem veio a pá de cal: o texto de reflexão da aula de yoga (que anda me extenuando atualmente) afirmava: “As pessoas estão cansadas de palavras”. Era só o que faltava, viu? E agora, o que é que eu faço? Ainda mais quando concordo com elas: nem eu aguento mais meus textos egocêntricos. Reparem bem no emprego do pronome possessivo. Hoje eu queria ser designer de produtos. Ou pintora. Ou melhor: escultura. A escultura é algo tão fisicamente complexo que consumiria toda a minha angústia. Mas angústia de quê? Do de sempre. Do dia após dia, das horas. Das rugas que insistem em se proliferar abaixo do meu pescoço. O que farei sem usar decote em V? Um monte de celebridade dizendo que os 40 são o auge da mulher e eu tentando descobrir. Deve ser o tal ponto G da juventude... Não tô com essa bola toda não. E a cada mês, mais loura, pois mulher não envelhece: fica platinada. Acabou: me transformei na piada idiota. Ah, ranhetice, ...