Orgulho de ser "castanha"
Dois acontecimentos culturais me chamaram a atenção por suas motivações diametralmente opostas. Quase distraída e, por isso, em cima da hora, consegui os últimos ingressos extras para assistir ao show da Rita Ribeiro no sábado que passou. Arrastei comigo minha irmã mais velha, a Nena, não afeita às baladas e um tanto enferrujada quanto às novidades da cena musical. Mas ninguém podia ficar indiferente àquela deusa elétrica derramando talento performático. Encarnando de Iansã a Ogum, o palco do Teatro Oi virou terreiro de todos os orixás. A casa tremeu com as bênçãos de Jorge. Esqueçam os lugares marcados! Todo mundo caiu na dança do espetáculo Tecnomacumba. Uma mistura frenética do batuque afro e sua espiritualidade com a pegada “roquenrrol”. Transe absoluto. Minha irmã se deixou levar pelos tremeliques de corpo. Levantou da cadeira e sacudiu a poeira. Apaixonou-se por Rita Rainha dos Raios. Que muito lembrou outra deusa: Clara Nunes. Taí um trabalho de profundo respeito à nossa a...