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Mostrando postagens de junho, 2025

Algum tanto

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Ao viajar de avião à noite  constelações d e ponta à cabeça, no breu da planície terrestre.  Ao amanhecer, a viagem retoma o seu prumo  perfura o edredom das nuvens plana-se dentro do sonho. A claridade é uma estrada infinda,  sem sarjetas ou sinalização.  Sou a única orientação.   Sampa sempre intensa sabores, tribos, desejos  lampejos de belezas e de feiu ras. Rococó Art déco paúra. Hinos e bandeiras  hordas, fileiras marginais, quintais. Verde, cinza, arco-íris  vão livres, cubículos mendigos líricos.  Meca, Big Apple Tropicália-sertão tupi-guarani Cariri-Japão.   Deus e o diabo na terra dos Andrade liberdade.   O filho dela está ali, mas já é outro. E então ela sentiu saudade daquele que o filho já foi. A cratera se abriu entre eles e ela sente saudade do que ele é naquele momento, pois sabe que amanhã ele já não será aquele momento. Amanhã o garoto já não dará o beijo forçado pela mãe na frente dos amigos. Ele ...

Perfis comportamentais

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Aguardo a sessão de terapia no segundo andar de um prédio com funcionalidades mistas, ou seja,  pessoas vivem e trabalham por aqui ou exercem ambos os cotidianos no mesmo lugar. As portas estão fechadas. O corredor não é grande, quase familiar. Os únicos objetos a quebrar a monotonia do espaço são os capachos.  Cada apartamento, cada sala tem a sua cara: a face estampada no tapetinho ao pé da entrada. Um convite, uma recusa? Pelo capacho é possível intuir a personalidade de quem habita ali detrás? O que os objetos que escolhemos falam de e por nós?  lar doce lar um lar, um porto seguro, abrigo onde se reenergiza com cores quentes e alegres. É jovial, otimista. Nao abre mão de ficar em casa, arrodeado por memórias e por quinquilharias.  Aldeia global Inquieto, vive no entre, between. Almeja chegar apenas para poder partir. Na verdade, parte ao entrar pela porta, aporta ao viajar. “Seu lar é onde estão seus sapatos.” Mas fique pouco tempo Polido, discreto, convencion...