Vizinhos rendem boas e más histórias da existência em sociedade. Jamais uma convivência tão próxima passa por nós em vão. Tem gente que encontra com o vizinho mais do que com os próprios parentes. É ou não é? Da minha parte, não tenho grandes traumas das vizinhanças de ontem ou de hoje. Sinto saudades de algumas pessoas que compartilharam comigo o mesmo elevador, a mesma garagem ou o mesmo bloco geminado de casas (salve, salve, dona Maria Inez e os amigos Toninho, Cláudio, Clari e Taísa). Nossos queridos ex-vizinhos do apto 205, por exemplo. Sobre eles escrevi sobre o amor de um casal que pode ser, sim, romântico na longevidade do relacionamento. O texto, passado por debaixo da porta, tornou-nos amigos. Ainda me pego a ouvir os latidos felizes do Zeca no pilotis e recordo a tensão que sofremos, Anne e eu, quando o danadinho do Lulu da Pomerânia resolveu tirar onda com o pitbull do prédio ao lado. Taí, desse vizinho eu não gosto. Outro dia, estava concentrada nas abdominais "emba...