Socorro, sou preconceituosa!
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Pensei trilhões de vezes antes de começar a escrever esse texto. Tive medo de mim mesma, atestar meus demônios, minha falta ou pequenez. Tive medo também do julgamento dos outros. Os outros estão tão escrotos ultimamente. O ringue armado no Facebook. De longe, tudo é possível e, de perto, ninguém é normal. Descobri que estou aquém dos meus anseios de pessoa aberta e descolada em todos os aspectos da vida. Sim, eu alimentava certa desconfiança de que não era evoluída a ponto de ser totalmente livre. Porém, comprovei a tese no dia de ontem. Tenho, afinal, amarras morais e sociais. Quem não tem? Alguns espíritos indômitos e profundamente desapegados de qualquer conexão com as demandas planetárias. Ainda quero conhecer um desses indivíduos. Mas eu, euzinha, percorro claudicante o caminho do não julgamento, caindo sempre na armadilha do pré-julgamento que se confunde, muitas vezes, com o preconceito. Admito: há muitas fronteiras a explorar. Estava a ca...