O lado zen da fobia
É chato quando a gente sofre de um temor sem explicação. Fico imaginando quem é realmente fóbico (será que eu sou e ainda nem percebi) e o medo paralisante guia a vida, ou melhor, limita a vida. Outro dia, zapeando os canais pagos, vi um pedaço de um programa sobre fobias que mostrava a parte final de um tratamento de dessensibilização envolvendo uma jovem com pavor de rãs e sapos. Ela tinha de passar a mão em sapos e rãs de borracha quase vivos de tão bem feitos. Provação absoluta. O ímpeto inicial foi de rir, achar ridículo. Como assim, medinho de rã e sapos? Mas o mesmo ela pode dizer de mim: como assim, horror de viajar de avião? Então no meu eterno tratamento de choque, eu entro no avião e viajo, pronto. Porém confesso que está cada dia mais difícil manter o espírito viajador com este fantasma que veio sei lá de onde e se instalou ao meu lado. Sombrio. E ontem eu me peguei separando os amuletos que me farão não entrar em pânico completo dentro do avião sozinh...