A melancolia e a mochila preta
Delego à falange partida a culpa pela malemolência que me invade. Saí da Bahia, mas ela se esqueceu de sair de mim. Estou indolente ou dormente, como a ponta do meu dedo médio que acabou de tocar a tecla E. Meu ano ainda não começou, deve ser isso... Mas hoje meu Tomás voltou às aulas em escola nova. Tudo diferente para ele, que bom, mas nada muito novo para mim. Estou melancólica. Talvez pelo filme de mesmo nome assistido no escurinho do Cine Brasília na noite de sábado. Que pancada! O clássico jeito de fazer cinema europeu ainda não sucumbiu à pressa da vida real. Não sei se é boa ou ruim essa constatação. Não, é boa. É sempre instigante existir centenas possibilidades de se contar uma história. Mesmo que esse jeito seja chatinho ou cabecinha. Todavia eu curti o filme. Lars Von Trier não ameniza, não adula. Admiro. Mas meu filho saiu da escola pública e isso me deixou um pouco triste. Uma utopia que chegou ao seu The End. Foi feliz, pois ele aprendeu e conviveu com a diversid...