“Museu de grandes novidades”
Ultimamente, os versos de Cazuza em “O tempo não para” não me saem da cabeça. Acho que nunca uma música foi tão atual como essa, o que prova o poder do artista como sensível observador da sociedade. Sei que há muita gente que odeia Cazuza. Já recebi emails ofensivos sobre o compositor, citando que o cara era filhinho de papai, drogado, gay, promíscuo. “Se assim não fosse, não teria morrido de Aids, a doença dos perdidos”. Mas, na verdade, o que temos a ver com isso? E daí se a vida dele foi o que foi? O que importa é o valor do cara como artista. E como artista ele é mágico, versátil, inteligente. Assim como outros tantos gênios criativos que também morreram drogados, prostituídos e muitas vezes incompreendidos. Nestas férias rolou uma discussão entre a galera que estava compartilhando a casa de praia: quem foi o grande poeta do rock brasileiro? Cazuza ou Renato Russo? Meu marido votou no Renato, o amigo dele em Cazuza. Eu fiquei, digamos, dividida. Aliás, sem ter conhecimento técn...