Insônia de primeira

Dois dias sem nada novo no blog. Hora de escrever alguma coisa, qualquer coisa. Eu vejo por aí que os blogueiros seguem mesmo essa premissa: é preciso postar algo diariamente para manter o blog sempre atualizado. Caso contrário, as pessoas param de acessar. Mas eu fico aqui pensando... Não sei escrever assim duas linhas e achar que isso pode ser interessante para alguém.

Mas também não dá para escrever textos legais todos os dias. Como diz a sábia Lya Luft, tem manhã que a gente "acorda burra" e não sai nada da cachola. Então, vamos de cinema! Tema que é sempre é uma saída para a falta de assunto. :)

Assisti, enfim, ao megablockbuster nacional "Tropa de Elite 2". O cinema estava até vazio, tranquilo, contrastando com aquela fúria de filas que assaltou os shoppings do país na semana de estreia. Gostei da continuação, porém, como costuma caber às continuações, esse longa não teve o impacto e a qualidade do primeiro. Capitão Nascimento é personagem mais vigoroso do que o agora tenente-coronel Nascimento.

Em termos de linguagem cinematógráfica, Tropa de Elite também é superior. Os diálogos que se tornaram icônicos, as tomadas ágeis e roteiro idem, fizeram do filme de José Padilha uma obra-prima merecedora de seu Urso de Ouro em Berlim. Achei a sequência um pouquinho mais burocrática (talvez um efeito proposital a fim de ressaltar o "sistema político" que nos mantém imersos nessa M. de país corrupto).

Aliás, a gente sai de "Tropa de Elite 2" com vontade de cortar os pulsos porque parece que não há saída. O filme é pessimista e coloca nossa sociedade em choque, xeque e cheque. Mas vale a pena pagar o ingresso. Se você conseguiu resistir, como eu, até o fim do rebuliço nas bilheterias, não perca! A película rende boas discussões. Só não recomendo que seja vista na última sessão da noite, pois a insônia pode acabar contigo "qui nem" o Caveirão.

Comentários

  1. Então você viu?
    Tava curioso pra saber sua opinião.

    Também gostei muito.
    Um filme corajoso. Necessário.

    Não entro no mérito sobre qual é melhor, 1 ou 2.
    Pra mim é um único filme com um hiato temporal.
    Quando sair em dvd e a gente puder revê-los na sequência vai ser uma experiência interessante.

    Valdeir Jr.

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  2. Olá primo,

    Eu achei o primeiro mais corajoso.

    Mais "inédito" no sentido de mostrar coisas que a gente nunca viu, como a mente de um policial do Bope, a maneira como eles são treinados, como acontece a corrupção pequena do dia a dia, a crítica ao discurso vazio e ´"fácil" dos intelectuais no conforto das universidades...

    O segundo eu achei um tantinho inocente na "denúncia". A corrupção de alto escalão é óbvia e muito palpável para quem mora e trabalha em Brasília, convivendo com a cúpula do governo.

    Eu sinto, farejo e observo o "sistema" todos os dias nos tribunais e no Congresso Nacional.

    Mas a continuação vale. Entretanto, prefiro o primeiro.

    Besos,

    Lulupisces

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