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Mostrando postagens de julho, 2010

Fotogramas

Se a vida não faz sentido por que é que morrer haveria de fazer? Arnaldo Antunes e Nando Reis Tenho mania de rever trechos de filmes ao acaso. Não importa se são do início, do meio ou do fim. A ordem dos fatores não altera o produto, já dizia irmã Servácia, a professora de matemática da quinta série. Só existe uma única regra para o meu passatempo: não vale pegar pedaço de filme que eu já não tenha visto integralmente. Cinéfilos não devem estragar o prazer do ineditismo por causa de alguns minutos. Meu marido acha que não bato bem porque vejo filmes em pedacinhos. A questão é que ele não capta o deleite dessa prática. Rever, rever e rever uma película que agrada a gente é o mesmo que bebericar o mesmo bom vinho em várias oportunidades diferentes. Ou desfrutar daquele tipo de bombom preferido sempre que tiver uma chance. Não dá para deixar passar, entende? Com o advento da TV a cabo, cultivar esse tipo de maluquice ficou ainda mais fácil. Na época do videocassete, era um tal de ap

Hexadivagações

Veja bem. Quando a gente engata com essa, não se iluda: vem encrenca. Eu tive uma chefe que amava o tal do veja bem. Em seguida, ferrava a gente, desculpe o trocadilho em ano de Copa, de verde e amarelo. Falando nas nossas cores mais emblemáticas, o que deu na cabeça daquele paspalho do Alexandre Herchcovitch ao afirmar que acha essa combinação cromática “pavorosa”? O cara tá ficando mais rico com o modelo Dunga desfilando casaco de marinheiro da marca dele e tem coragem de ficar cuspindo na bandeira do país que compra as coisas que ele inventa? Eu avisei: o veja bem não tem boa fama. Mas, veja bem. Eu escrevo esse texto numa quinta-feira e o jogo da verdade ainda demora 24 horas para acontecer. Não sei se o Brasil vai passar da Holanda, porque esse é o primeiro jogo de fato que vamos jogar nessa Copa. Mas eu torço, claro, para que façamos aquela final tão sonhada: Tupiniquins x Hermanos. É ou não é o desejo enrustido de todos nós? Sei que o risco de ter de engolir Maradona, o deus c