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Mostrando postagens de março, 2008

“Onde há escola, há esperança”*

O Brasil é mesmo um país surreal, ou como definiu Luís Fernando Veríssimo em várias de suas crônicas sobre os problemas brasileiros anacrônicos, um país “além da imaginação”. Viver num lugar que supera nossa capacidade de compreensão não é mole. Meu coração está na garganta desde a manhã de hoje, quando fui prestigiar a festinha de encerramento da escola do meu filho mais velho. Não é novidade para os que acompanham esta coluna que Tomás frequenta o Jardim de Infância da 303 Sul, ou seja, ele estuda na rede pública de ensino. Não foi uma decisão fácil apostar nosso tesouro, o bem maior de todo pai e mãe, e matricular nosso pimpolho de cérebro aberto para o mundo numa “escola do governo”. Agora, ao final deste primeiro ano, não poderíamos estar mais satisfeitos e orgulhosos de nossa escolha. Os preconceitos que envolvem a escola pública são tantos que a família de classe média não consegue enxergar o que acontece na ponta do nariz. Nem pára para olhar da janela do apartamento o que