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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Alicerce

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16 de janeiro é a data-natal de mamãe. Gosto do fato de ela haver me contado que a mãe dela havia lhe contado que ela não havia vindo ao mundo no dia 1° de maio de 1937, e, sim, cinco meses antes, em janeiro. Acontece que naqueles tempos embrutecidos de vida na roça, os pais não se importavam com a exatidão dos nascimentos dos filhos. Eram tantos, como um ano após o outro.  Meu avô aproveitou o feriado do Dia do Trabalho para ir até a cidade e lá pernoitou a fim de comprar mantimentos e, de quebra, registrar minha mãe sob o signo de Touro quando, na verdade, Maria (interessante o pai ter escolhido a grafia simples, sem os acompanhamentos religiosos típicos. Seria ele um agnóstico?) era capricorniana. Tenho especial apreço pelos carneiros. Eles são o meu fio-terra. A solidez de mentes que não divagam, mas refletem com sensatez.  Nada de reticências, hipérboles, onomatopeias, fugas comuns de piscianas diletantes. Carneiros são portos-seguros e naves-māe, como a anive