Faça-se a luz!

Não entendo de política, nem leio sobre o assunto no jornal. Me confessando assim, posso até parecer uma alienada, mas acredito que vejo a política acontecer no dia a dia. Acompanho o que pensa o taxista, a empregada doméstica, o porteiro, os estagiários do meu trabalho. Converso também com os amigos e conhecidos. Estou atenta ao que de bem e mal fazem ao Brasil.

Mas não sou analista política. Tem muita gente boa aí pra fazer esse trabalho. O que escrevo agora é fruto da minha indignação. Cada um tem o direito de votar em quem quiser (mesmo que seja na inominável Weslian Roriz). O eleitor não tem como justificar um voto desses, na minha opinião, mas ele é livre – teoricamente – para fazer a sua escolha.

E é aí que entra o problema. Na teoria, o conceito de voto secreto pressupõe a liberdade. O que vemos acontecer agora, nesses dias que antecedem o segundo turno das eleições, é pura manipulação. Estão fazendo uso de superstições e crenças religiosas para turvar o debate sério acerca de um plano de governo que mantenha o Brasil no trilho do desenvolvimento social.

Não importa, no caso, se a candidata é do PT, pois não é o partido que está perdendo terreno nas pesquisas. É o Brasil que está perdendo anos-luz de lucidez ao misturar alhos com bugalhos. Religião e governo são água e óleo. Precisam se manter separados para o bem-estar de todos e felicidade geral da nação.

Injetar preconceitos e fundamentalismo religioso na plataforma de governo é caminhar rumo às trevas. Muito triste e vergonhoso acompanhar esse duelo de baixarias e mediocridade. Um retrocesso no caminho da democracia, que deve ser laica, caso contrário, é teocracia, não é verdade?

Comentários

  1. Lu, não voto mas ter assistido o debate de ontem me pareceu caminhar rumo às trevas ... Mariana

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