Maple heart






Aproveitamos Ottawa até o último segundo. Vontade de ficar mais um bocadão... O Canadá corroborou a minha teoria de que é possível viver num país civilizado, porém mais leve. 

Os americanos são tão patrulhadores e reprimidos, não me sinto em casa lá. Me senti aqui, onde falar um inglês com sotaque latinizado não te enquadra como um imigrante que "veio ferrar o meu país". Você se mescla no meio das várias culturas e da bilinguidade que molda a convivência, tornando-a mais flexível, mais simpática, mais descolada.

O Canadá abarca muito bem o espírito do velho mundo com a alma contemporânea. 

As cidades têm parquinhos com areia de verdade, abertos, não cercados como os americanos que, pra piorar, ainda estampam regras policialescas que intimidam a criança a não se divertir. 

O país é essencialmente jovem. Os vendedores são simpáticos, not pushing como os americanos. Os imigrantes daqui me pareceram viver menos infelizes do que os imigrantes nos EUA.

Tivemos muita sorte em vir nesse ano de especial celebração para os nativos! Descobri que o maravilhoso conjunto arquitetônico do Parlamento ficará fechado ao público pelos próximos dez anos, por causa de uma ampla reforma.

Descobri, também, que se tivesse me tornado uma antropóloga, adoraria estudar os povos do frio como os inuits, nanavuts ou esquimós. As paisagens geladas e as tradições orais dos chamados first peoples me hipnotizam. 

Rômulo e eu já elegemos nossa expedição: Artic Safari! Doze dias navegando no meio da Baffin Bay... Quem sabe em outro agosto, não é?


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