Borderline







Aproximamo-nos da fronteira Canadá-EUA com uma certa tensão, afinal, como falei anteriormente, os americanos são noiados, repressores. 

O agente na cabine foi, como os oficiais costumam ser, áspero e nada amigável. Fez várias perguntas, insistiu muito comigo e olha que tenho um visto menos chinfrim, J2. Queriam saber se eu tinha pedido outro tipo de visto, se estava trabalhando ou estudando, se tinha pedido visto no Canadá...

Mandaram a gente encostar o carro e descer para responder mais perguntas no escritório da fronteira. Lá, só eu fui chamada para responder mais questões desconfiadas e hostis. Até o momento em que falei que voltaria em dezembro para o meu trabalho na Suprema Corte no Brasil. O funcionário me olhou pela primeira vez nos olhos e rosnou:

- Do you work at Supreme Court?

- Yes!

Ele passou a me tratar como um ser humano naquele momento. Dois minutos depois, liberou a gente.



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