Era uma vez um corpo trôpego, desconstruído, exaurido de noites insones. Um corpo acordado que sonhava balés Posturas exatas, pianos de cauda. Era uma vez um corpo que deseja leveza de ninfa, equilíbrio das garças numa perna só. Mas o corpo é um pouco troncho. Cai, tropeça, quebra cotovelos, torce os pés. O corpo quer apenas ser estável. Caminhar descalço sem incômodo. Era uma vez um corpo que almeja rios fluidos, cachoeiras densas e transparentes, simultaneamente. Um corpo planador, indolor. Era uma vez um corpo ousado. Bora? Prima harpista radicada em Zurique e primo clarinetista ainda em Brasília, pela primeira vez compartilhando o palco do Teatro Levino de Alcântara, na Escola de Música de Brasília (EMB), num recital gratuito e singular! Te vejo lá!
"Disfarço de excesso tudo que me falta" (Fabiana Motta) Menina que junta os retalhos da paternidade perdida antes da linguagem, qualquer fiapo serve de alinhavo para a fabricação das memórias tão caras e tão fartas a tantos. Imagino se não é por isso que escrevo em desmedida, para compensar o que me foi negado pela ausência de palavras, de convívio com uma mãe antes da viuvez, com irmãos ainda em tenra idade, como uma família convencional, pois essa normalidade faz bem, torna o caminho menos turvo. A prima Tiana, belo apelido para a neta batizada com o nome da avó Sebastiana, também morta antes do seu nascimento, antes do meu e de todos os netos, há muito queria me contar uma lembrança. Eis que o tempo se configurou para ser agora, nas nossas meia-idades. “Prima, seu pai colocou todo mundo na kombi, a gente ia para Trindade, a tia Maria grávida de você, com um barrigão já. Ele colocava a gente pra cantar, tio Rondon gostava de cantar. A música era uma tal de Pena Verde, “pena
Reservam a data!!! Em breve, minha vida serão três livros abertos + 1 blog! Bora proclamar a República da Poesia de Brasília na noite de 16/11? Espero velhos e novos amigos para um abraço poético no "Horizonte de Eventos"! Só venham e tragam seus afetos! Postiça A nova natureza da cidade É a brisa morna da tarde. Adentra pela janela o vento incomum, quente, ardente dos sertōes de Euclides. Mais perto: vapores escaldantes das nascentes infernais de Caldas Novas. As pedras do calçamento escravizado de Pirenópolis estão aqui. A nova natureza da cidade é praiana sem praia. Ventiladores sonolentos moscas mortas. Pingos condensados despencam das máquinas. Ruídos brancos evocam: o tempo da friagem chuvosa já tarda demais. A nova natureza da cidade é artificial. Clarisseanas Tia, você vai na minha peça? Cláááro, não perco! E você vai no lançamento do meu livro, né? Quantas coisas legais em Novembro… Tia, você vai ficar famosa? Taí, acho que não, Clá. Mas existiram escritora
Uau, poetando também?! É um sinal de algo... O que será?
ResponderExcluirAna Cristina Aguiar
Simples e profundo!!!! Que sonho heimmmmm!!!!!
ResponderExcluirMarina Caldana
MISTÉRIO!!!!!!
ResponderExcluirAmbrosina Militão
Se até moléculas já foram descobertas em sonhos, porque não uma poesia? https://web.chemdoodle.com/kekules-dream/
ResponderExcluirKekulé’s Dream | ChemDoodle Web Components
In 1890, at the 25th anniversary of the benzene structure…
WEB.CHEMDOODLE.COM
Bernardo Mello
Belos versos,,, poesia concreta da melhor qualidade!!!
ResponderExcluirCatarina França
Você escrevendo para você. Amei!
ResponderExcluirÂngela Maria Sollberger
Acho que você está é muito sã!
ResponderExcluirMarisa Reis