Vamos falar da boa convivência?

Livros de etiqueta quase sempre se tornam bestsellers. Todos querem saber como se vestir para ir a um casamento, como se portar numa entrevista de emprego, como receber convidados em casa, o que falar ou o que não falar no primeiro encontro com o namorado(a). A preocupação com a postura no ambiente de trabalho e nos relacionamentos afetivos está na moda. Até para se corresponder via e-mail já existem regras de boa conduta, a “netqueta”. Sinal positivo de que o ser humano está numa contínua busca por relações mais cordiais e respeitosas com os seus semelhantes.

Entretanto, nem sempre o que se lê nos livros acaba sendo aplicado no dia-a-dia. De vez em quando, na correria para chegar e sair de casa ou do trabalho (a vida moderna orientada pela opressão do relógio), nos esquecemos de regrinhas básicas da boa convivência.

Na sua vida não deve ser diferente. Todos os dias, transitamos por corredores, subimos e descemos escadas, pegamos elevadores. Existe etiqueta para circular pela cidade como gente de bem? Sim, existe, e ela é a mesma que deve nos orientar no convívio com outras pessoas no nosso prédio, na nossa rua, enfim, nos diversos ambientes que freqüentamos diariamente.

Ao entrar no elevador, que tal um bom-dia ou boa-tarde? Não faz mal à saúde e quebra o conhecido “gelo” da situação. Responder à saudação com um cumprimento é fundamental. E não dói. Segurar a porta para quem está chegando, caso o elevador não esteja lotado em sua capacidade máxima, é cordial e consciente. Afinal, você está evitando que o elevador faça “viagens” desnecessárias, aumentando a vida útil do equipamento.

Convém também esperar que todos que estão dentro do elevador saiam primeiro e, só assim, entrar. Poucas atitudes são tão deselegantes quanto “atropelar” as pessoas. Quem sai de qualquer ambiente têm preferência em relação aos que estão entrando. Aguarde.

E mais uma dica: se você vai apenas de um andar para o outro (do primeiro para o segundo, por exemplo), vá de escada. Faz bem para a sua saúde e contribui para desafogar o tráfego intenso dos elevadores. Economizar energia é postura cidadã. E ser cidadão é ser educado.

Já que estamos falando de escadas, reparou como as pessoas às vezes agem como se guiassem carros? Ou seja, na base da lei do mais forte? Os riscos de acidentes são grandes. Convencionalmente, os que sobem vão pelo lado “de fora” ou pela direita. Ao descer os degraus, o procedimento é o mesmo. É como uma via de mão dupla. E em uma rua civilizada não há espaços para empurrões, “batidas” e gente ultrapassando os limites de velocidade. Muita calma nesta hora!

No restaurante, na lanchonete, nos estacionamentos, banheiros, filas do caixa e dos bancos...Vamos nos lembrar das regras de etiqueta e bem viver que não existem apenas para nos ensinar a falar corretamente ou nos vestir para impressionar. Se não sabemos aguardar a nossa vez, se furamos fila, se esquecemos de dizer obrigado, se “roubamos” a vaga do motorista que chegou primeiro, se não paramos na faixa de pedestres para os nossos semelhantes, se estacionamos nas vagas reservadas para idosos e deficiente físicos, não somos amigáveis e cordiais. Na verdade, deixamos de ser cidadãos. E, desse modo, não há leitura de bestseller que dê jeito.

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