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Mostrando postagens de junho, 2024

Kairós

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  Santo Volpi Rabiolas  bandeirolas céu junino Santo Antônio mais Jesus menino você mais eu amor a pino radiola no forró.  Cinodontes “temos os cavalos no corpo não: somos os cavalos os músculos e não só” (Ana Estarregui) O susto na manhã é o som das solas sobre as folhas secas. O carrinho de bebê passa e o bebê ri do cão que ladra daqui pra lá a chamar outro de sua espécie não se desconhecem. “Kairós e não Kronos” Tempo assimétrico imensurável pelas expectativas inevitáveis. Flores brancas alcançam as nuvens cabelos brancos dançam ao rumor da seiva. (Ainda) somos cinodontes estágios iniciais da compreensão. 

Absurdada

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Ó céus... Percebi, pela recepção da história do álbum de fotografias resgatado do esquecimento, que vocês gostam quando eu me meto em histórias amalucadas, né? Eu também, hehehe. Mas preciso dizer que neste mês de junho já cheguei ao meu limite, sabe? Tô quase concordando com a frase da poeta Elisa Lucinda: pare de falar mal da rotina. No sábado, o reaparecimento do álbum, na terça seguinte, estacionando o carro, sou abordada por um jovem comum (não tinha cara de adventista do sétimo dia, não era mórmon, aliás, cadê esse povo? Batendo ponto no Congresso?), o rapaz se dirige a minha existência lúdica e laica e pergunta: “posso orar por você hoje?” Juro que me senti ofendida.  Se estivéssemos num Brasil anterior a Bolsonaroland, ao PL-1904, à eleição de Damares Alves como senadora pelo Distrito Federal e da Bia Kicis como deputada federal, talvez eu me sentisse apenas surpresa. But… Esta galera fundamentalista está ultrapassando todos os limites de qualquer razoabilidade. Tive vontade

Coisas da vida

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Tem coisa que só acontece comigo. Afirmação carregada de estrelismo de uma ascendente em Leão. Reformulemos. Tem coisas que acontecem com muita gente, mas nem todas elas percebem a “graça gratuita das nuvens” nelas contidas. Não melhorou muito em arrogância. Hahaha. Acabei de ler a coluna da Bia Braune, na Folha de SP, e fiquei morrendo de inveja dela porque, além de escrever colunas para a Folha, ainda encontrou um caderno mágico de 1922, com memórias de uma tal Glorinha, na caçamba de entulhos na sua rua. Na caçamba da reforma da minha futura casa só encontro entulho mesmo. Sacos de cimento vazios, pedaços de tubulações, plásticos vários e galhos podados de um jardim confuso. A maioria destes resíduos são jogados ali pela pessoa aqui, inclusive, uma vez que os pedreiros parecem não ligar para a bagunça ao redor. Vão deixando o rastro de destruição se acumular, o que para mim, detentora de um certo TOC, causa agonia exasperante. Mas, deixemos os pedregulhos e falemos de fatos intrigan

Lampejos

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Por que as bombas de chocolate são sempre decoradas com uma clave de Sol? Fui atrás do significado de éclair, antes de disso, lembrei que éclair poderia vir de fecho-éclair, então teria a ver com fecho, chave, em francês. Daí a clave (chave) de Sol. Acontece que fermeture éclair, literalmente, significa fechamento-relâmpago. Surgiu no século XIX para botas e rápido substituiu os milhões de botões das roupas. Ou seja, éclair é na verdade um raio, um corisco. O docinho tradicional da pâtisserie da França recebeu este nome porque seria uma explosão de sabor ao entrar em contato com paladares sortudos. O que nos leva ao bom nome no Brasil: bomba. No entanto, não explica a preferência decorativa pela clave de Sol.   "O equacionar do Sol entre as cortinas,   calculado em sombra e luz."                                         (Matheus Guménin) Não pertenço. Folha solta, estropiada ovelha desgarrada loba-guará abelha solitária que recorta círculos com passado/a mente. Perscruto. Escu