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Mostrando postagens de julho, 2024

Dimensão assombrada

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Amanhece  o cobertor de nuvens ainda esquenta  as encostas.  Garças preguiçosas mantêm-se à distância da água fria. Parte das árvores, braços desnudos, clama piedade. Resoluto, São Pedro engole o choro até setembro. Fotografar a ausência  fantasmas sem lençóis  de fato incorpóreos indistinguíveis.   O vazio do não dito subentendido  oculto pelas eras do tempo.  Elementos imateriais indícios  refletem memórias  fragmentadas pelos lapsos da senilidade. Tomar decisões difíceis  procurar rastros, vestígios  símbolos que não estão mais lá.  O não óbvio entrando em foco. A natureza cobre, mas não apaga. Cinza e sangue na seiva das árvores.  A poeira das lembranças  arrastada pela brisa dimensão assombrada.  Falta. Qualquer detalhe que se vê no hoje  resguarda vínculo ancestral. Apelo visceral. Uma canção resgata a paixão mais leve que o ar queimadura de primeiro grau quase primeiro amor.  Deixou um rastro incandescente  Pericárdio marcado incólume desejo persistente.  Descia a pirambeira ado