Dioturnos

O dia acordou frio

coturnos nas calçadas,

contornos diáfanos.

Soturna revolução

neste quase sempre verão.


Pálida tez do céu

passa batom vermelho

no espelho d'água,

resquícios de ontem.


Hoje, a tempestade não vinga.


O sol dos trópicos não tolera a coadjuvação.



Pousamos.
Choveu palavras.
Ágora de mulheres:
feminilidades regionais,
anseios globais.
Queremos galáxias.


Viço
visgo
fisga:
alma ávida.


Comentários

  1. Seus poemas parecem pinturas, sem a menor intenção, com a comparação, de tirar nada da beleza explícita no jogo de palavras!

    Joyce

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  2. Sempre me encanta Lu ,💕 te ler , sentir e viajar junto…🙏🥰🌷
    Cynthia

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  3. Bonito!

    Madalena Rodrigues

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  4. Que forma delicada de poetizar🎶

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  5. Seus "poemas-fotos" são lindos, Lú!!
    Como gosto desse seu jeito de escrever, ver e de passar, com palavras e fotos, que dialogam essa sua profunda e sensível forma de ver as coisas, o mundo... Cada vez melhor...
    Maturidade tem suas sutilezas, belezas...
    Sua fã de carteirinha, gosto tbm de escrever, de falar, mas muito longe dessa fluidez de sua escrita, dessa avalanche de sensações que seus textos/poemas/fotos produzem....

    Marilena Holanda

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