Zoobotânicos

Afã


Não tarda 

a tarde finda

ainda.

Deserto em pó

espiralado em redemoinhos

pensamentos aleatórios

ruminam.

Os olhos lacrimejam de saudade da chuva

mas o caminho de nuvens não chega a relâmpago algum.

As árvores do tipo ouriçadas querem fazer cócegas na lua:

acender um desejo,

beijo

molhado. 





Fosforescente 


Uauás 

voláteis araçás

tupi-guarani

alumiando os sertões.

Vaga-lumes agrestes

boitatás, ciprestes em fogo,

pirilampos:

pirulitos 

de luz.

Fachos estelares

coriscos 

(das visitas)

fugazes.

Raios, aquíferos fosforescentes

luminescentes feixes

entre Leão e Peixes.



Comentários

  1. Que maravilhas, poemas e fotos!

    Luiz Martins

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  2. Lindos poemas e fotos❤️🙏sempre grata Lu…😘🦋
    Cynthia

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  3. Linda a foto e o primeiro poema!

    Nelson Reis

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  4. Amei essas fosforescentes memórias!

    Romulo Andrade

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  5. Querida Lu, ler seus poemas é entrar em contato com a simplicidade, a delicadeza e com a sutil e escancaradas beleza que está por ai! Sempre grata. 🙏😘🌻

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