"Disfarço de excesso tudo que me falta" (Fabiana Motta) Menina que junta os retalhos da paternidade perdida antes da linguagem, qualquer fiapo serve de alinhavo para a fabricação das memórias tão caras e tão fartas a tantos. Imagino se não é por isso que escrevo em desmedida, para compensar o que me foi negado pela ausência de palavras, de convívio com uma mãe antes da viuvez, com irmãos ainda em tenra idade, como uma família convencional, pois essa normalidade faz bem, torna o caminho menos turvo. A prima Tiana, belo apelido para a neta batizada com o nome da avó Sebastiana, também morta antes do seu nascimento, antes do meu e de todos os netos, há muito queria me contar uma lembrança. Eis que o tempo se configurou para ser agora, nas nossas meia-idades. “Prima, seu pai colocou todo mundo na kombi, a gente ia para Trindade, a tia Maria grávida de você, com um barrigão já. Ele colocava a gente pra cantar, tio Rondon gostava de cantar. A música era uma tal de Pena Verde, “pena
Ah poesia!!!!quando então vem junto a. fotografia...casal perfeito😍
ResponderExcluirLindo!
ResponderExcluirLeila Sebastiana da Cruz
Minha querida prima Lu, poeta da melhor qualidade.
ResponderExcluirMárcia Carvalho
O tempo pesa como ouro, sim. Também acho. Sempre pesou.
ResponderExcluirTambém acho que os textos combinaram muito bem com as fotos.
Karla Liparizzi
A poesia nos ajuda tanto a transitar por estes tempos tenebrosos, né?
ResponderExcluirCynthia Chayb
Lindo! Só agora li.
ResponderExcluirAdorei "alva aparição"... lindo e suave.
Clarice Veras
Ótimo, adorei!
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