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Mostrando postagens de março, 2017

OkrA!

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Hoje está chovendo a cântaros, mas a semana promete ser, enfim, mais quentinha. Minha vida: um dia gata borralheira; noutro Cinderela. Num momento, em Manhattan para conferir a nova montagem de La Traviata; no outro, guarda a louça e lava a roupa.  Rotina de empregada doméstica mesclada com dia a dia de madame. É meio esquizô, mas é a vida de todo mundo por aqui. No Brasil é que a classe média é mal acostumada à beça. Fato. 27 de março. Aniversário de Dindinha, que já estaria para lá de centenária. Acordei pensando nela e com saudades das festinhas anuais com bolo de glacê verde no galpão da São Judas Tadeu.  Na aula de pilates, o colega coroa que tem um irmão casado com uma brasileira (e mora em Sampa), fala de comidas baianas que provou e adorou. Justo hoje, no dia de Dindinha, a mais baiana das capixabas!  Ele lembra da moqueca e de um tal de okra. E repete a palavra okra e tenta explicar do que se trata. Bernardo e eu demoramos para pescar... Enfi

Feijoada no Céu

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O sonho da madrugada reuniu dois mortos queridos. Talvez porque uma gostasse de cozinhar; o outro, de comer. Dindinha morreu no fim de 2009. Claudio Roberto, no início de 2017, para ser exata, no dia do meu aniversário: 21 de fevereiro. Recebi a notícia por mensagem do facebook de outro amado: Marco Antônio que, sem saber que estava para jantar relaxadamente sozinha com o marido na última noite em Miami, me repassou a notícia. Ainda bem que já havia retido na janela da alma as cores intensas da capital da Flórida. Também já havia armazenado o calor da brisa morna das ruas mais latinas do que norte-americanas, pois, de repente, tudo ficou gelado e escuro. O prato de ravióli, largado pela metade (Claudio Roberto iria me repreender por tanta heresia). Quem mandou conferir as redes sociais enquanto o marido estava no banheiro? Claudio Roberto, o segundo amigo de infância que perco na vida. O primeiro foi o vizinho e amor platônico Toninho, sobre quem escrevi à época. C